domingo, 27 de junho de 2010

Esclarecimentos a Conversas de Bar

Ia eu dizendo ao professordefilosofiadaminhairmãquenamoraumadasminhasamigasdeinfância que deixei de acreditar na bondade humana. Ele me afirmou que maldade é quando há premeditação. Se a pessoa disse o que disse por inocência, foi por inocência.
No momento, eu, preocupada que mais uma vez se desse início a uma guerrinha de palitos de dente, não pude lhe responder que acredito justamente no contrário.
Se existe premeditação podem se acrescentar várias influências e reflexões não individuais que poderiam levar a um indivíduo dizer ou fazer coisas que não correspondem necessariamente a sua concepção de moral. O que me leva a acreditar que a pessoa, em si, não é maldosa, apenas deixou que a raiva/incompreensão/maus costumes a levassem a uma ação reprovável.
Mas quando uma pessoa faz uma reflexão ingênua e maldosa como a que citei e verbaliza numa conversa comigo, eu passo a acreditar que ela é maldosa e ponto. Que o mais profundo de seu âmago interno, suas crenças e seus pensamentos subconscientes são maldosos. E pra mim, isso o torna uma pessoa ruim e PONTO. E isso me faz deixar de acreditar que a humanidade seja boa. Simples assim.

Esclarecimentos às pessoas que não estavam no bar: Eu citei uma conversa com um colega de classe que soltou a pérola: "Meu, se a pessoa não tem condição de fazer faculdade, por que é que insiste?" sobre as pessoas que moram na moradia, pessoas que recebem bolsa BAAE e tetraplégicos.

PS: gostaria de agradecer aos companheiros daquela noite por não terem iniciado uma guerrinha de palito de dente, ou saquinhos de sal, ou conteúdo dos copos, como é tão frequente após a quarta garrafa.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Coceira

Eu liguei o computador pra escrever sobre a coceira. Coceira, essa filha da puta que me atordoa minuto a minuto, dia após dia. Ia dizer que a coceira é a pior coisa que pode acontecer a um ser humano, e acredito mesmo que seja. Porque o princípio básico da coceira é que ela não vai parar de coçar quando você coçar, muito pelo contrário, a coceira piorará até que você arranque sua pele ou esteja prestes à e grite 'ahhhh, caralho' como eu fiz tantas vezes nos últimos dias.
Daí notei que seria muito simplista da minha parte colocar todas aflições que num pote entitulado coceira. Apesar da coceira incomodar existem mais coisas que incomodam. E o incomodo talvez venha do mesmo pote que a coceira veio, ou não, mas nesse caso eu prefiro simplificar e falar que as causas de todos meus males é a dengue. A dengue e só a dengue. Não meu comportamento auto-sabotador, não o nervosismo, não o afeto.

A dengue chegou de surpresa. Eu estava tão fraquinha no meio dos meus problemas, crises e bagunças que por muito tempo insisti que todos sintomas não tinham uma causa física, que eram só mais sintomas da crise que persistia em todos setores possíveis da minha vida.
A quinta feira fora tão cheia de desastres, desastres extremistas, do tipo chorar-em-público-desastre. E eu fui dormir tão absorta em problemas. Pensando por onde começar a arrumar a bagunça generalizada que se instaurou em mim, em casa, em tudo. Sem forças, decidi que o primeiro passo para uma retomada seria uma boa noite de sono, sem despertador pra tocar no dia seguinte.
E eu acordei tão mal. Se é pra acordar mal não sei nem pra que acordar. Que coisa boba, acordar como se nem tivesse dormido. E assim me repito desde a última sexta feira. Na esperança das crises terem se resolvido na minha ausência.

(nenhuma crise vai ter se resolvido quando eu voltar, pelo simples motivo de que as coisas não são fáceis. e seria tão fácil sumir na semana de provas, abandonar os amigos quando eles tem problemas, emprestar cachecóis e não devolver, ou que todas pessoas que eu não gosto desaparecem da terra, ou que as pessoas que eu simplesmente não quero encontrar desaparecessem junto)

a verdade é que eu to perturbada, de novo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Eu estou para o mundo, assim como o mundo está para mim.

Não sei se faz sentido, também não quero divagar procurando um sentido. Mas se veio à minha cabeça, deve fazer algum sentido. Ou não.