Ia eu dizendo ao professordefilosofiadaminhairmãquenamoraumadasminhasamigasdeinfância que deixei de acreditar na bondade humana. Ele me afirmou que maldade é quando há premeditação. Se a pessoa disse o que disse por inocência, foi por inocência.
No momento, eu, preocupada que mais uma vez se desse início a uma guerrinha de palitos de dente, não pude lhe responder que acredito justamente no contrário.
Se existe premeditação podem se acrescentar várias influências e reflexões não individuais que poderiam levar a um indivíduo dizer ou fazer coisas que não correspondem necessariamente a sua concepção de moral. O que me leva a acreditar que a pessoa, em si, não é maldosa, apenas deixou que a raiva/incompreensão/maus costumes a levassem a uma ação reprovável.
Mas quando uma pessoa faz uma reflexão ingênua e maldosa como a que citei e verbaliza numa conversa comigo, eu passo a acreditar que ela é maldosa e ponto. Que o mais profundo de seu âmago interno, suas crenças e seus pensamentos subconscientes são maldosos. E pra mim, isso o torna uma pessoa ruim e PONTO. E isso me faz deixar de acreditar que a humanidade seja boa. Simples assim.
Esclarecimentos às pessoas que não estavam no bar: Eu citei uma conversa com um colega de classe que soltou a pérola: "Meu, se a pessoa não tem condição de fazer faculdade, por que é que insiste?" sobre as pessoas que moram na moradia, pessoas que recebem bolsa BAAE e tetraplégicos.
PS: gostaria de agradecer aos companheiros daquela noite por não terem iniciado uma guerrinha de palito de dente, ou saquinhos de sal, ou conteúdo dos copos, como é tão frequente após a quarta garrafa.
que tristeza
Há 5 anos