sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nulo, um caminho Nulo.

Marco zero. Linha reta. Neutralidade. Nulidade.
Terra firme. Uma ilha de terra firme. Vazia.
Quero pular. Mas não sei se devo.
Mares podem ser tormentosos, mas pelo menos não é essa calmaria.
Posso ficar aqui, esperando um maremoto.
Posso sair daqui, aproveitar a água limpa, ou suja.

Quero, não sei,
Posso, o que eu quiser.
Se quero, não sei.

Por mais que alguém posso me dizer que sou egoísta, neurótica depressiva, vingativa, possessiva e tempestiva, só eu posso escolher 'should i stay ou should i go'.
Merda.

ps: passional e orgulhosa também

sábado, 24 de julho de 2010

Sociedade

s.f. Reunião de homens, de animais, que vivem em grupos organizados; corpo social / Conjunto de membros de uma coletividade, sujeitos às mesmas leis./ União de pessoas que acatam um estatuto ou regulamento comum: sociedade cultural./ Grêmio, associação./ Parceria.
loc. adv. Em sociedadde, juntamente, em comum, em companhia, de parceria.
Fonte: algum dicionário furreba que só existe em versão virtual

Relações de troca. Dar para receber. Amar para ser amado. Chutar para ser chutado. E acima de tudo: respeitar para ser respeitado.

A família é a primeira sociedade. Então não me venha gritando, chutando, berrando, descontando seus assuntos mal resolvidos em nós. Porque ninguém é obrigado a ser tratado desse jeito. Já te disse antes. Tem problemas? A gente ajuda a resolver. Não crie mais problemas. Bobinha.
Entendeu?
Mereça o que te oferecem.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Bambi

aos desavisados que podem achar que o título é uma referência metafórica a qualquer outra coisa, desde torcedores do São Paulo até homossexuais do sexo masculino, o título refere-se ao filme da disney mesmo.


Há um tempo começamos a acostumar meu irmão a assistir filmes. Começamos com desenhos daqueles de 15 minutos, e a certo ponto, em meados desse semestre ele estava assistindo Bambi. Eu nunca gostei de Bambi, porque Bambi é o filme mais triste que a disney já produziu em todos os tempos. Acontecem várias desgraças, tragédias e um monte de coisa boba e injustificada. Lógico que quando eu era criança essas não eram minhas razões para não gostar, eu não gostava porque tinha um certo bloqueio a animais falantes.

Estava agora a pouco assistindo pela (no mínimo) milésima vez o tal desenho. Meu irmão adora. Pede pra ver todos os dias. Quando sugerimos outro ele abre o berreiro. Quando queremos assistir outra coisa ele abre o berreiro. Ele fala que é o Bambi. Ele imita o Bambi pulando. Meio doentio até. (deve ter puxado da minha irmã essa obsessividade exagerada)

Ele já decorou o desenho e faz comentários durante o filme.
Um dia ele me perguntou se eu sabia o que tinha acontecido com a mãe do Bambi. Eu queria saber o que ele achava que tinha acontecido. Ele me respondeu que os caçadores a haviam matado, levado para casa, fritado e comido.

Ele também já perguntou:
Por que o Bambi e o outro veado macho brigam e ninguém contou que é por causa da fêmea.
Por que o Flor ficou vermelho quando a outra gambá o beijou e a resposta foi 'ele ficou com vergonha'
Se quando os cachorros o morderam, ele se machucou e a resposta foi 'não não, só um pouquinho'

E também já exclamou 'FOGO' para o qual recebeu uma longa explicação de que era só um pouquinho, que não aconteceu nada de mais, que todos animais conseguiram se salvar e que depois ficou tudo bem.

Que eu saiba nada do que acontece em Bambi é o tipo de coisa que se coloque numa historinha infantil. Mas já que fizeram esse filme horrível, trágico, mentiroso (porque o Tambor é mais velho que o Bambi e fica adulto ao mesmo tempo), boboca, vagaroso e feio; e já que decidiram mostrar pro meu irmão; que pelo menos contem a verdade.

Coisa ridícula.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

In/Out

aquelas pessoas que devem ser legais mas não conseguem ser legais porque se acham a última bolacha do pacote, quando na verdade são a última bolacha que você come enquanto resmunga 'não aguento mais comer bolacha' com um gosto insuportável de doce artificial na boca.


'cause i'm so sick. so sick of it all.

domingo, 11 de julho de 2010

Cansei de Convivência Pacífica

Eu quero confrontos.
Ataques.
Trombadas.
Tapas na cara.
Socos no estômago.
Ofensas desmedidas.

Eu quero que segurem meu braço.
Que me chamem de idiota, no mínimo.
Que me peçam pra parar.
Que me obriguem a me controlar.

E por fim quero gritar que não tenho auto-controle.
Que cansei de me controlar.
Que não gosto de não beber.
Que não gosto de não ter insônia.
Que não gosto de não ouvir música alta.
Que odeio essas caixas de som estouradas.

Sinto falta de não dormir.
Sinto falta de escrever nas paredes.
Sinto falta de escrever algo bonito.

Quero explodir as últimas [número não exato] postagens.
Quero explodir.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ufa

Tirei férias. Eu não tenho nada atrasado pra entregar. Considero meu semestre fechado.
(com exceção daquela maldita prova, daquele maldito professor que se mandou pros estrangeiro quando eu estava doente)

Não estou acostumada com isso. Tenho sempre assuntos mal resolvidos. Então resolvi pegar aquela lista de muito tempo atrás e resolver as coisas que não fiz. Marcar de comer brigadeiro com a menina que fazia dança do ventre comigo e emprestou uma saia e nunca devolveu. Ligar pro meu professor de inglês que me ensinou a furtar saleiros de bares. Arrumar minhas gavetas. Levar minhas apostilas do cursinho pra doação. Consertar a tela do meu computador.

Não tive vontade de fazer nada disso. Não tive vontade nem de ligar pros amigos que me fazem falta. Pelo menos uma vez por semana falo que estou com saudade, e quando tenho uma semana livre, simplesmente não tenho vontade de pegar no telefone, ou mesmo aparecer online no msn.

Por fim, sem ter mais o que fazer, além de assistir os jogos da copa, cochilar no sofá da minha vó e acordar quando meu irmão chega da escolinha, eu liguei pro moço que conserta computador. A noite, naquela hora que geralmente aparece alguma coisa que eu sinto vontade de escrever, em que eu geralmente digito blogger.com na barra de endereços, clico em 'nova postagem' e depois de uns 2 minutos fecho a página. Naquela hora, eu não tinha meu computador pra escrever. Eu peguei um bloquinho que usava pra escrever no meu ano de cursinho, e acabei com ele.

Agora sim. Não tenho mais nada pra fazer.

[pausa de lamento pelas pessoas que leram essa bobagem até aqui, só pra saber que tirei um peso dos meus ombros. e que 'é meu e é só meu'.]
obs: Majú, essa observação final é dedicada à você, que só gosta das minhas observações finais.