quarta-feira, 19 de setembro de 2012

bilhetinho para deus

caríssima força divina & superior, 

eu sei que eu falei que chuvinha fraca não vale nada e pedi, digo implorei, por um toró. mas sério mesmo que tinha que escolher a hora em que eu estava correndo, de camiseta branca diga-se de passagem? sério mesmo? eu gosto de correr na chuva, eu sei que já disse isso também. mas chegou uma hora em que todos meus ossinhos estavam geladinhos e nem banho quente pra resolver o frio dos meus ossos. 

aproveito também pra dizer agora que se eu pegar leptospirose vou ficar muito muito chateada. um resfriadinho eu até topo. mas é resfriadinho, ok? 

abraços e beijos, 
pintinho molhado, digo, iris.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

menos dor

não. me recuso. não vou fazer uma retrospectiva. não vou dizer que esses quatro anos mudaram minha vida. não vou dizer que foram os melhores. não vou chorar de saudades e dizer que essas pessoas farão muita falta. não vou dizer que um canudo é uma conquista enorme. não vou comentar dos sacrifícios que passei[amos] pra chegar até aqui.

não preciso enumerar tudo que fiz, brinco de 'eu nunca' o suficiente. é óbvio que muita coisa mudou, basta olhar o tamanho do meu irmão. toda minha vida foi incrível, esse tempo foi só esse tempo e o tempo que virá será o tempo que virá. e as pessoas que vão embora não farão diferença nenhuma. o que é bom vai ficar. tenho certeza. quem eu amo sempre vai estar do meu lado. dos sacrifícios, acho que minha olheiras já disseram o suficiente. e das minhas lágrimas, só as garrafas sabem.

sabe, o mundo continua girando, juro que a diretora chacoalhar um chapeuzinho na minha cabeça não fez diferença nenhuma. desgraças ainda acontecem, o mundo ainda é injusto, as pessoas ainda sofrem.

diria até que as coisas pioraram. me sinto ainda mais impotente, ainda mais confusa e ainda mais desolada.
antes eu ria das minhas desgraças. segurava meus saltos quebrados, meu coração partido, meu celular atropelado e ria. mas com as desgraças dos outros, essas eu não sei lidar. choro mesmo, arranco meus cabelos e ateia convicta, junto as mãos e peço aos céus pra que não deixem ninguém mais sofrer. e se antes meus pedidos eram paz, amor, dinheiro e sucesso; hoje só peço menos dor.

menos dor pra quem já foi e menos dor pra quem ficou.