quarta-feira, 21 de outubro de 2009

21 de outubro de 2006

Era sábado. Eu acordei com meu pai perguntando se eu não queria falar tchau pro barrigão da minha mãe. Eu respondi que preferia dar oi pro meu irmão mais tarde.
Eu fui vê-lo no intervalo da aula de inglês. Da sala de espera dava pra ver as perninhas se mexendo naqueles berços transparentes de hospital.
Quando eu voltei pra aula, abracei a Joanna, abracei o Ivan, eles me perguntaram como ele era, e eu comecei a chorar.
Algo como amar uma coisa que não existia e passa a existir. Algo que constrói uma existência, que tem a existência construída por nós. Algo que poderia não existir, mas existe, e existe com excelência.
3 anos de Gregório.
Valeu a pena cada escolha de ficar por perto, só pra ver ele existindo.

3 comentários:

O dono do açucareiro disse...

Lembro-me muito bem de tão singelo momento. aushfuahsfd Sem esquecer que a primeira música q ele ouviu no hospital foi CHECK ON IT. ainda é cedo pra saber quais os estragos isso vai causar nele...

Gabriel Coiso disse...

que bonito.
passei por algo semelhante quando minha prima Tainá fora adotada.
Beijos Iris.

pedro meinberg disse...

lembro do dia que o último dos meus irmãos nasceu. eu estava na sala, com os meus outros dois irmãos assistindo naquela segunda-feira de manhã um filme (alugado ainda em vhs) daquele ator que fez também "querida encolhi as crianças". e mês que vem esse irmão já faz 12 anos... e até careca hoje estou, que coisa... a única coisa ruim do nascimento foi ficar uma semana, durante o repouso da minha mãe, comendo o frango assado com farofa da moça que trabalhava em casa.