Amanda e Artur
Amanda e Artur foram passear, viver como nos bons tempos. Entupidos de vódega e refri, dançavam insanamente ao som de Bow Wow Wow. Num momento se afastaram do grupo e deitaram no chão malcheiroso (testemunha de um assassinato, provavelmente). A música continuava tocando, as estrelas brilhando e tudo girando.
Um estranho que diz ter o nome impronunciável os aborda dizendo coisas que acredita serem de profunda sabedoria. Depois de um tempo ouvindo baboseira, quando seus cotovelos já estavam doendo de ficarem apoiados no chão pedregulhoso, Amanda diz: 'eu não acredito em nada que diz, e mesmo se acreditasse, amanhã não vou lembrar'.
Conversa fiada, faca afiada, fuga desenfreada.
Amanda distraiu o louco, Otávio escondeu a faca do louco, Sofia se assustou com o louco e Artur nem percebeu nada, estava bebado demais.
Amanda
Era tarde, bem tarde da noite quando Amanda voltava pra casa ouvindo Björk. Ela não estava sozinha, mas agia como se estivesse. Amanda estava meio perturbada, não pela bebida, nem pela música, nem pela companhia. Mas estava perturbada, como se precisasse muito fazer alguma coisa e não soubesse o que fazer.
Amanda tirou o sapato de tecido rasgado do lado e começou a correr. Corria não pra fugir do passado, mas pra chegar logo no futuro. Cansada do presente, ela corria, e não parou de correr até encontrar um novo amigo.
Otávio
Enquanto Amanda ia por um caminho, Otávio ia pelo outro. Otávio também buscava o futuro, mas tinha um enorme rotivailer em seu encalço. Não poderia correr nem se quisesse. E ele queria. Forçado a continuar andando calmamente, como se não se sentisse incomodado ou amedrontado com o animal que o perseguia, Otávio foi seguindo seu caminho, até encontrar o seu destino e fechar a porta na cara do que o perseguia.
Artur e Sofia
Artur seguia Amanda, ao lado de Sofia. Enquanto Amanda girava perturbada olhando o céu e apertando o passo, Artur e Sofia conversavam animadamente, como se tivessem a vida inteira pela frente e todo o tempo que quisessem até chegar a qualquer lugar, não importando qual fosse desde que tivessem comida e onde encostar a cabeça.
Lázaro
Enquanto todos caminhavam, tentando chegar a algum lugar ou fugir de algum lugar, Lázaro serenamente aproveitava a madrugada para fazer desenhos com canetinha colorida em seu caderno de anotações sombrias. O telefone tocou. Lázaro atendeu 'alô'. Respiração ofegante do outro lado. 'Alô', ele repetiu. Entre a respiração sofrida Amanda respondeu 'Sou eu'. 'Que foi?' ele perguntou preocupado. 'Eu não sei o que fazer, preciso da sua ajuda, vem me encontar?' 'Onde você tá?' 'Tô na frente da sua casa.'
Amanda e Lázaro
Aqui habita um professor? - IX
Há 7 anos
4 comentários:
eu não uso óculos grande nem tenho mais de 100 kgs, pq meu nome é otávio? aushfuahsf
quem é lázaro?
artur...quem dera ainda consiga tirar a espada da pedra.
iris, onde você está?
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