terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sobre as manhãs

Manhã me deixa enjoada.
Talvez não sejam as manhãs que me enjoem, talvez eu que seja enjoada com as manhãs.
Manhã me deixa meio aérea.
Eu olho o relógio e não reconheço a hora, penso em informar alguém que a pliha está fraca, porque ele marca quinze para as nove. Mas me lembro que olhei pro mesmo relógio as três e ele marcava a hora certa, de modo que deve ter rodado até as nove nesse meio tempo. Daí me assusto.
Eu sento à mesa pra tomar café com a minha vó e com a Elisete, mesmo que já tenha tomado três xícaras antes delas acordarem. Elas só falam do carnaval, e eu não aguento mais falar/ouvir/pensar do/no carnaval. Daí eu me distraio vendo os cachorros andarem pelo páteo. Cagarem pelo páteo. Lamberem o cu um do outro.
Manhãs me entediam.
Talvez não sejam as manhãs, o relógio, as conversas ou os cachorros que me entediem. Talvez eu seja entediada naturalmente. Um poço de tédio esperando por alguma ação. Mas ação me entedia.

2 comentários:

Pedro Paiva. disse...

humor blasé é isso ae. ú.ú

Gabriel Coiso disse...

as manhãs são um pé.
as tardes são um no.
as noites são um saco.
beijos iris, já pensou se voce quebrasse o pé de novo, na época do carnaval?